Uma Thurman, conhecida por papéis em filmes como Pulp Fiction e Kill Bill, deu uma entrevista ao New York Times com um desabafo a sua carreira.
Por conta do movimento #MeToo, a atriz resolveu contar sobre o assédio e as ameças do produtor Harvey Weinstein - ele era o produtor de Pulp Fiction, que a alçou ao estrelato.
"O sentimento complicado que eu tenho em relação a Harvey é o quanto eu me sinto muito por conta de todas as mulheres que foram atacadas depois de mim", contou na entrevista.
Ela ainda detalhou o ataque de Harvey, que aconteceu em Londres. "Ele me empurrou para o chão. Ele tentou tentou se enfiar em mim. Ele tentou se expôr para mim. Ele fez todos os tipos de coisas desagradáveis", conta a atriz. No dia seguinte, Harvey "pediu desculpas" enviando flores para Uma.
A atriz ainda denunciou o cineasta Quentin Tarantino, que trabalhou com ele nos dois filmes da série Kill Bill.
Quando contou sobre o comportamento de Harvey ao diretor, notou que Tarantino não havia dado importância ao seu relato.
Nas gravações de Kill Bill, conta que foi forçada a gravar uma cena que não queria. A personagem de Uma Thurman precisava dirigir um carro em alta velocidade em uma estrada de terra.
Ele disse: ‘Eu prometo que o carro está bom, é uma estrada reta. Alcance 64 km/h ou seu cabelo não vai voar do jeito certo e eu vou te fazer repetir.’ Mas eu estava em uma caixa da morte. O banco não estava preso direito. Era uma estrada de terra e não era uma reta.
- Uma Thurman pic.twitter.com/QB8yiHNaFH— Separatismo já! (@ce_wert) 3 de fevereiro de 2018
A atriz solicitou um dublê, preocupada com o contexto da cena e as condições do carro, uma "caixa de morte", segundo ela, mas Tarantino a forçou a filmar. Uma Thurman terminou se acidentando e se ferindo na gravação. Ela ficou sem acesso ao vídeo por 15 anos.