"Olá, tudo bem?". Essa era a saudação comumente usada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim nos programas de TV que apresentava e se tornou sua marca registrada. O comunicador, que morreu na madrugada desta quarta-feira (10), após um infarto fulminante, em sua casa, no Rio de Janeiro, explicou, em 2016, durante uma entrevista ao humorista Fábio Porchat, com surgiu o bordão.
Amorim, que foi correspondente da Rede Globo em Nova York, falou que começou a usar a frase com frequência após participar de um projeto com jornalistas estrangeiros na emissora americana CNN.
"Eu era correspondente [da Globo] e fui convidado para fazer umas reportagens na CNN, essa rede internacional. Aí, a editora da CNN disse que gostaria que os correspondentes estrangeiros saudasse o público na sua lígua própria. Por isso, fiz uma vinhentinha chamada 'olá, tudo bem?', que é a maneira como nós, brasileiros, saudamos as pessoas", disse Paulo Henrique Amorim.
"Logo em seguida, eu fui cobrir um terremoto em Los Angeles. Quando eu chego no hall do hotel, vem um americano, que olha para mim e me reconhece, porque tinha me visto e diz assim: [tentando imitar o sotaque do americano] 'olá, tudo bem?'. Aí eu: opa, opa, isso é um bordão", explicou o jornalista.
Paulo Henrique atuava no jornalismo desde 1961, quando estreou no jornal A noite. Depois foi trabalhar em Nova York, como correspondente internacional da revista Realidade e, posteriormente, da revista Veja.
Atualmente, Paulo Henrique Amorim escrevia para diversos jornais e revistas do país, além de ser proprietário do blog 'Conversa Afiada'. O jornalista também trabalhava na RecordTV, onde chegou em 2003, mas estava fora do ar desde junho deste, quando foi afastado do programa Domingo Espetacular.
Na televisão, Amorim trabalhou na extinta TV Manchete e passou também pela Rede Globo, onde foi correspondente internacional nos Estados Unidos. Em 1996, foi para a TV Bandeirantes, lá ele apresentou o Jornal da Band, principal telejornal da emissora.
Em 2003, foi contratado pela Record, onde apresentou o Jornal da Record. Na emissora, Amorim ajudou a criar a revista eletrônica Tudo a Ver e depois assumiu a apresentação do Domingo Espetacular.