Após os incêndios que se alastram pela Austrália, milhares de pessoas tiveram que deixar suas casa. O ator australiano Hugh Jackman se solidarizou com a situação e usou suas redes sociais para homenagear os bombeiros que têm trabalhado no combate às chamas e no resgate das vítimas.
"Expressamos nossa profunda gratidão às pessoas que estão lutando contra esses incêndios devastadores na Austrália. Nossos corações estão com todos afetados, especialmente aqueles que perderam comércios e entes queridos", escreveu o ator.
Estima-se que até a noite dessa sexta-feira (3) mais de 50 mil pessoas tenham ficado sem energia elétrica e que milhões de animais tenham sido feridos ou mortos nos incêndios. Neste sábado (4), as autoridades alertaram que em Sidney, a maior cidade do país, pode haver problemas no fornecimento de eletricidade, e pediram aos habitantes que reduzissem o consumo de energia.
Os autralianos que precisaram sair de casa estão em acampamentos improvisados em campos de golfe ou praias, tornando-se refugiados em seu próprio país.
Seja em campos de golfe, terrenos de críquete ou playgrounds - qualquer espaço com poucas árvores - os australianos tentam se proteger contra os violentos incêndios.
É o caso do Catalina Country Club em Batemans Bay, Nova Gales do Sul, onde motorhomes, utilitários, pick-ups e tendas dividem o espaço. O restaurante deste clube de golfe tornou-se um centro para evacuados.
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Em vez de golfistas tomando uma cerveja no final de um dia tranquilo de verão, esse espaço agora recebe um grupo de mulheres mais velhas que jogam cartas e tomam chá. Pilhas de comida, roupas e água, provenientes de doações, se acumulam nos cantos. Alguns dos recém-chegados comentam, irônicos, que são como refugiados.
Mas em um país acostumado a incêndios florestais e que diz orgulhosamente que resiste a condições extremas, essas últimas semanas foram brutais. Os incêndios gigantescos escureceram o céu e cidades inteiras da Austrália foram cobertas por camadas de fumaça sufocante.
As nuvens espessas chegaram a áreas das vizinhas Nova Zelândia e Nova Caledônia. As imagens de famílias entrando no mar para escapar do fogo chocaram. Para muitos, o futuro é incerto. Não sabem se suas casas ainda estão de pé, quando poderão voltar e, sobretudo, quando essa catástrofe terminará, faltando muito para o fim do verão.