Apanhador só mais politizado e barulhento em novo disco

Quarteto gaúcho mostra amadurecimento musical com o novo álbum, mas não deixa de lado o lirismo e experimentalismo
Valentine Herold
Publicado em 16/11/2013 às 18:00
Quarteto gaúcho mostra amadurecimento musical com o novo álbum, mas não deixa de lado o lirismo e experimentalismo Foto: Foto: Divulgação


A mensagem é direta: “Ao que nos morde, nos diminui, nos masca, nos cospe. (...) Ao que nos prefere amedrontados. Ao que toma consequências por causas. Ao que nos inimiga. Ao que nos enclausura.” É assim, com essa dedicatória, em altos e bons tons, acordes, letras e melodias que o quarteto gaúcho Apanhador Só chega com seu segundo álbum, Antes que tu conte outra. 

O desabafo compõe o texto de apresentação no encarte do CD e, de certa forma, complementa bem algo que o vocalista e guitarrista do grupo, Alexandre Kumpinski, ressalta. “Acho que uma coisa importante de dizer sobre o disco é que o trabalho dos movimentos sociais, ao se comunicar com a população e tocando as pessoas, acabaram por pautar nosso trabalho musical. É nossa temática, a do ruído.”

De fato, ruídos musicais são a maior característica da produção da banda. O quarteto ficou conhecido por apropriar-se de objetos de sucata para dar vida às suas canções no disco de estreia homônimo ao grupo, em 2010. As percussões não convencionais aliam-se desde então a belas letras e envolventes melodias.

Leia a matéria na íntegra na edição deste domingo (17) do Caderno C, no Jornal do Commercio.

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