Pitty vai direto ao ponto e toca hits no Lollapalooza

Three Days Grace faz show competente, mas sem imaginação
Marcelo Pereira
Publicado em 30/03/2015 às 11:04
Three Days Grace faz show competente, mas sem imaginação Foto: Bis/Divulgação


 

A roqueira Pitty fez show sem firulas em sua passagem pelo Lollapalooza: disparou hits de sua carreira em sequência e falou pouco entre as músicas. A apresentação começou com canções de melodia mais pesada, como "Sete Vidas", "Admirável Chip Novo" e "Memórias". O público reagiu rápido e sacou seus celulares para registrar a cantora e fazer selfies.

A reportagem flagrou dois paus de selfie em meio a plateia durante o show. O item foi proibido pelo festival, mas algumas pessoas conseguiram entrar com ele. 

Após meia hora de show, Pitty tirou seu quimono, tomou uma taça de vinho e entoou composições de batida mais lenta, como "Me Adora" e "Na Sua Estante". O público cantou junto as duas na íntegra. Dez minutos antes do fim, boa parte do público deixou a plateia para se juntar à multidão que assistia a banda Foster The People no palco Skol, que fica próximo ao usado por Pitty.

A baiana encerrou o show com "Serpente", música de trabalho atual, em versão com guitarras mais marcantes que na versão do álbum. Vários casais entoaram abraçados o refrão "logo mais a manhã já vem". Uma de suas canções mais românticas, "Equalize", ficou de fora do setlist.

A banda canadense Three Days Grace viveu uma fase de turbulência em 2013, quando seu vocalista Adam Gontier, na banda desde o seu início em 1997, saiu fora. Isso gerou polêmica entre os fãs, alguns lamentando a perda, outros dando apoio ao seu substituto, Matt Walst.

Se levarmos em conta a performance do grupo no Lollapalooza Brasil 2015, a alteração não causou grandes danos ao time. O novo cantor já está devidamente entrosado, e dominou o público com bastante garra e simpatia.

O problema do quarteto (que em shows conta com um tecladista adicional) é a falta de imaginação de seu rock, que mistura elementos do grunge e do chamado "metal alternativo", com direito a muitos clichês batidos e melodias meio óbvias.

Mesmo assim, os caras são muito competentes e profissionais, e agitaram da primeira ("I Am Machine") à última música ("Riot"), com direito a todos pulando e cantando. Só rock and roll óbvio, mas eles gostaram...

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