Diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda se pronunciou nesta terça-feira (6/11), acerca de "comentários", "boatos", "informações" que circulam sobre possíveis mudanças no Sistema S. A história começou quando a equipe econômica do futuro presidente Jair Bolsonaro sugeriu acabar com os "patrocínios" do Sistema S e, assim, suas instituições deveriam restringir o uso dos recursos à formação técnica.
Em vídeo, Miranda falou sobre uma carta dele que está circulando e que foi feita há 10 anos, quando algo semelhante ameaçou mudar o rumo das instituições, e quando se assumiu o compromisso da gratuidade. E falou também sobre uma petição online que está no ar contra a transformação do Sesc numa instituição de formação profissional. Criada na segunda-feira (5/11), soma, até o momento, mais de 7,5 mil assinaturas.
Danilo Santos de Miranda procurou tranquilizar a população dizendo que "ainda" não há nada de concreto no sentido de mudar a natureza da instituição e que sua essência tem de ser mantida.
"Na atual circunstância que atravessamos, há comentários, há boatos, há informações, há pessoas falando em alterações no Sistema S novamente, alegando descumprimento de finalidade em algum caso, alegando algum tipo de alteração, mas ainda não há nenhum fato efetivo, nenhum documento, nenhuma proposta, nenhuma indicação objetiva de alguma alteração ou de extinção, no que eu não acredito, ou alteração de sua finalidade".
Ele disse ainda que é fundamental manter a essência do que fazem porque a atuação do Sesc "tem caráter sócio-cultural voltado para vários campos, onde a cultura tem papel importante, mas além disso a atividade física, o esporte, a recreação, o lazer, as questões ligadas à alimentação, saúde, ao atendimento ao idoso, à criança e ao adolescente País afora".
"São aspectos essenciais do dia a dia, do bem-estar que nós realizamos cumprindo a missão da instituição. Portanto, tem que ser mantido e preservado e temos o amparo da Constituição para poder realizar esse trabalho de maneira tranquila usando os recursos provenientes, usando os recursos da contribuição de todas as empresas - no nosso caso, das empresas de comércio, serviço, turismo, etc.", comentou ainda.
Ele finalizou dizendo: "Eu gostaria de tranquilizar as pessoas no sentido de que nosso trabalho continua e qualquer coisa que eventualmente venha acontecer todos saberão. A manutenção da instituição é parte essencial do nosso trabalho e da tranquilidade para os mais de 7,6 mil funcionários do Sesc São Paulo e os mais de 36 mil funcionários do Sesc no Brasil inteiro, sem falar nos funcionários das outras instituições do chamado Sistema S. Vamos continuar o nosso esforço no sentido de cumprir o nosso objetivo e essa missão fundamental que estamos cumprindo no dia a dia."