Alfredo Bertini é exonerado e Antônio Campos assume Fundaj

Posse de Campos deve acontecer até a próxima terça-feira (04)
Da editoria de Política
Publicado em 29/05/2019 às 9:08
Posse de Campos deve acontecer até a próxima terça-feira (04) Foto: Foto: Sérgio Bernardo/ Acervo JC Imagem


Atualizada às 10h19

Nomeado pelo ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez há menos de cinco meses, o professor e pesquisador Alfredo Bertini deixa a presidência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para dar lugar ao irmão do ex-governador Eduardo Campos e advogado, Antônio Campos. Segundo Campos, sua posse deverá acontecer até a próxima terça-feira (04). Por meio da sua assessoria, a Fundaj não confirma a data da posse, porque teria sido pegos de 'surpresa'.

Após uma conversa já realizada com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, Antônio Campos ressaltou que existem quatro eixos centrais para serem colocados em prática na Fundaj. "O primeiro é articulação com MEC FNDE na avaliação de programas educacionais, o segundo é a coordenação com acoes regionais via SUDENE e outros órgãos da Região, o terceiro é o fortalecimento do papel da FUNDAJ como instituição de pesquisa e cultura e por fim o diálogo interno com quadros da Casa para construir obra coletiva", explicou Campos.

Contudo, o advogado ainda disse que cargos comissionados sofrerão ajustes. "O meu primeiro ato na Fundaj será ouvir os servidores, que serão valorizados. Estamos estudando ajustes em cargos comissionados, seguindo o momento de ajustes da economia brasileira. O clima será de diálogo", acrescentou.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29).

Apoio de FBC

Segundo apurações da reportagem, a nomeação de Tonca, como é conhecido, contou com a articulação do líder do governo Jair Bolsonaro (PSL) no Senado Federal, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

"O ministro da Educação foi secretário executivo da Casa Civil com quem tínhamos uma relação! Quando da sua nomeação para a educação, fiz a sugestão e ele chamou Antônio Campos para uma conversa! Gostou e aí evoluiu para a sua nomeação para a Fundaj! Tenho certeza que fará um grande trabalho!", afirmou FBC.

Questionado sobre seu posicionamento sobre o governo de Jair Bolsonaro (PSL), Antônio conta que em nenhum momento das eleições de 2018 teria trabalhado contra o presidente. "Não trabalhei contra Bolsonaro. No segundo turno votei nele, por um voto de mudança", cravou. 

'Richas' ainda no PSB

Mas as conversas entre FBC e Antônio inciaram em 2017, quando ambos eram contra o governo de Paulo Câmara, que dirigia sua primeira gestão. Na época, Fernando Bezerra Coelho era o líder do PSB no Senado e era alinhado ao vice-governador de São Paulo, Márcio França, que também era contra o grupo de Câmara. A mesma opinião era compartilhada com o irmão do ex-governador Eduardo Campos, que estava ao lado de FBC a favor de França e contra Paulo. 

"O grupo liderado pelo governador Paulo Câmara tem colocado seus interesses acima dos interesses maiores do PSB, sem maior diálogo, discriminando antigos companheiros”, disse Antônio Campos na época a coluna Pinga-Fogo. 

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