Lucro da Telecom Italia cai 12% para 442 milhões de euros

Companhia disse que a queda foi menos acentuada do que nos trimestres anteriores, mas ainda espera que o lucro recue no ano cheio
Danilo Galindo
Publicado em 07/11/2014 às 10:32
Companhia disse que a queda foi menos acentuada do que nos trimestres anteriores, mas ainda espera que o lucro recue no ano cheio Foto: Foto: Marcos Santos/USP Imagens


A Telecom Italia, a maior operadora de telecomunicações da Itália, informou nesta sexta-feira que o lucro líquido no terceiro trimestre caiu mais de 12%, diante de um mercado doméstico fraco, o que prejudicou a receita. 

O lucro líquido caiu para 442 milhões de euros (US$ 547,08 milhões), ante 505 milhões de euros no período igual do ano anterior, enquanto a receita recuou para 5,42 bilhões de euros, de 5,68 bilhões de euros na mesma base de comparação. A empresa gera 70% da receita total em seu mercado interno. 

A companhia disse que a queda foi menos acentuada do que nos trimestres anteriores, mas ainda espera que o lucro recue no ano cheio. 

A Itália, que está sofrendo com uma longa recessão que atingiu o emprego e os gastos dos consumidores, também tem uma das mais baixas penetrações de internet da Europa. 

A Telecom Italia está investindo cerca de 3 bilhões de euros por ano em redes fixas e móveis e em banda larga ultra-rápida no país. A empresa espera que essas medidas aumentem a receita no futuro. 

"Os sinais de mudança provenientes do mercado doméstico são agora uma realidade", disse o executivo-chefe, Marco Patuano. "Nossos investimentos estão trazendo resultados concretos" em termos de novos clientes.

Além disso, os problemas da Telecom Italia não estão limitados à Itália. A unidade brasileira da companhia, a TIM Participações, que responde por 30% das vendas globais, registrou queda de quase 13% na receita, para 5,3 bilhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, principalmente por causa de perdas cambiais. 

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 3,4%. Apesar disso, a empresa aumentou sua participação de mercado no Brasil para 27%. 

A sua forte posição de mercado tornou a TIM um alvo preferencial para os concorrentes no Brasil, que estão à procura de possíveis fusões e aquisições. A Oi disse em agosto que contratou o banco de investimentos brasileiro BTG Pactual para analisar potenciais negócios na região, incluindo a possível aquisição da TIM Participações. 

Outros, como a Claro, a Telefônica Brasil e a própria Oi, poderiam unir forças para fazer uma oferta para adquirir a empresa e dividi-la entre si. A Telecom Italia tem insistido há meses que sua unidade brasileira não está oficialmente à venda e reiterou nesta sexta-feira que continua a investir no país. 

A Telecom Italia lançou um plano de corte de custos que visa reforçar o seu desempenho financeiro, o que deve melhorar gradualmente seus resultados, disse a empresa. 

A operadora italiana disse que a dívida líquida ficou 26,58 bilhões de euros em 30 de setembro, uma queda de 235 milhões de euros ante 30 de dezembro de 2013.

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