Bancos e outras instituições preveem desaceleração maior no PIB da China em 2016

Órgão de planejamento econômico da China afirmou que o PIB do país deve ter crescido cerca de 7,0% no ano passado
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 12/01/2016 às 10:18
Órgão de planejamento econômico da China afirmou que o PIB do país deve ter crescido cerca de 7,0% no ano passado Foto: Foto: AFP


Projeções divulgadas nos últimos dias apontam para um enfraquecimento maior no Produto Interno Bruto (PIB) da China neste ano. Além disso, vários bancos e outras instituições também divergem sobre o real crescimento econômico registrado pelo país no ano passado. O dado oficial de todo o ano de 2015 deve sair na noite da próxima segunda-feira (11), pelo horário de Brasília.

Mais cedo, o órgão de planejamento econômico da China afirmou que o PIB do país deve ter crescido cerca de 7,0% no ano passado, resultado em linha com a meta do governo. A agência de classificação de risco Fitch, porém, estima que o PIB chinês tenha crescido 6,8% em 2015, enquanto o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo, projetou em relatório que o PIB chinês tenha avançado 6,9%. Outra agência de risco, a Moody's, prevê que o crescimento da China tenha sido de fato de 7,0% em 2015.

Para 2016, as projeções são de desaceleração maior. A Fitch, por exemplo, prevê crescimento na China de 6,3% no ano atual, mesma previsão da Moody's. O Banco Mundial prevê 6,7% neste ano (abaixo dos 7,0% da projeção anterior) e o IIF, 6,4%. O Deutsche Bank e o HSBC projetam ambos que a economia chinesa terá expansão de 6,7% em 2016.

Algumas projeções, porém, são ainda mais pessimistas. A consultoria Fathom, sediada em Londres, questionou em relatório a veracidade das estatísticas oficiais da China. Uma medida de atividade econômica elaborada pela própria consultoria aponta para um crescimento muito mais fraco no país atualmente, de 2,4%

A Fathom lembra que outros comentaristas têm apontado que a China passa por um reequilíbrio estratégico em sua economia, mudando a ênfase dos gastos estatais para um peso maior ao consumo interno. No entanto, na avaliação da consultoria, há poucas evidências que sugiram que o consumo está com força suficiente para compensar a ociosidade em parte da economia chinesa.

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