Nem a crise na Venezuela, nem a mudança política no Brasil, e tampouco a saída da Grã Bretanha da União Europeia terão impacto na tentativa de um acordo comercial Mercosul-UE, afirmaram nesta quarta-feira (2) parlamentares europeus em visita a Buenos Aires.
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"A questão da Venezuela é preocupante. Felizmente, a Venezuela não participa no processo de negociação (Mercosul-UE) porque não faz parte desse acordo", disse Francisco Assis, presidente da delegação para os países do Mercosul do Parlamento Europeu, em coletiva de imprensa na chancelaria argentina.
O parlamentar português disse não acreditar que "a questão venezuelana terá um papel decisivo no que se refere a esse acordo comercial em particular" entre os dois blocos.
No entanto, expressou seu desejo de que, com a mudança política no Brasil, o governo de Michel Temer "perceba a necessidade de envolver-se nas negociações no âmbito do Mercosul, como o governo da Argentina está fazendo agora".
Já o presidente da Comissão de Comércio Internacional, o alemão Bernd Lange, considerou que "o Brexit não terá impacto (no acordo) porque a União Europeia continua sendo uma grande entidade com 440 milhões de pessoas".