O governo federal estuda elevar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5% ao ano. A taxa, que está neste patamar há um ano e meio, baliza o custo dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A equipe econômica está dividida quanto ao momento de elevar a TJLP, mas há consenso quanto ao sentido: uma alta é considerada "inevitável".
Hoje, a TJLP está 6 pontos porcentuais abaixo da Selic, a taxa básica de juros, e essa diferença deve aumentar após as eleições e ao longo do ano que vem, segundo prevê o mercado. O Banco Central interrompeu a elevação da Selic, atualmente em 11% ao ano, mas pode voltar a elevar os juros para combater a inflação - o mercado financeiro estima a Selic em 12% no ano que vem.
Segundo apurou o jornal 'O Estado de S. Paulo', os técnicos do governo Dilma Rousseff reconhecem os altos custos para o Tesouro Nacional que a TJLP mantida em 5% ao ano provoca.
Desde 2008, o Tesouro engordou o caixa do BNDES em mais de R$ 460 bilhões, dinheiro obtido com a venda de títulos públicos no mercado. Esses papéis, emitidos pelo Tesouro, pagam ao investidor uma taxa próxima a Selic. Uma vez com o BNDES, o dinheiro é emprestado às empresas remunerado pela TJLP.