Bolsa tem 3ª alta, com bom humor externo e ganho de 5,9% da Petrobras

A melhora na percepção de risco dos investidores também retirou a pressão sobre o mercado de câmbio
Folhapress
Publicado em 08/01/2015 às 19:19
A melhora na percepção de risco dos investidores também retirou a pressão sobre o mercado de câmbio Foto: Marcos Santos/ USP Imagens


O otimismo em relação à política monetária nos Estados Unidos e a expectativa de adoção de estímulos na Europa impulsionaram as Bolsas do mundo inteiro nesta quinta-feira (8).

No Brasil, o anúncio do corte de gastos por parte do governo ampliou o bom humor na BM&FBovespa, que fechou no azul pelo terceiro dia.

A melhora na percepção de risco dos investidores também retirou a pressão sobre o mercado de câmbio. Assim, o dólar perdeu força sobre o real e as principais moedas internacionais.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,97%, para 49.943 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,059 bilhões. A principal influência positiva foi o avanço de 5,88% das ações preferenciais da Petrobras, sem direito a voto.

Na véspera, a estatal informou que concluiu com sucesso negociação com credores que demandavam demonstração contábil do terceiro trimestre de 2014 revisada por auditor externo até fim deste mês.

Em nota, a equipe de análise da Concórdia Corretora avaliou a flexibilização dos credores da Petrobras "como um alento para a companhia, apesar de representar apenas um ganho de fôlego, e não a solução de seus problemas".

"A Bolsa brasileira tem um peso relevante de estrangeiros, que aproveitaram o clima de menor aversão ao risco no exterior para buscar 'oportunidades' na Bovespa. O mercado de ações do Brasil está muito barato em dólar, quase que de uma forma incomparável a outros períodos, por isso o fluxo de estrangeiros deve ser ainda maior em 2015", diz James Gulbrandsen, sócio da gestora NCH Capital no Brasil.

O analista da Guide Investimentos Fabio Galdino diz que o baixo preço da Bolsa brasileira em dólar pode estimular entradas de curto prazo, mas que o Ibovespa "ainda tem mais para cair" nos próximos meses. "A gente vai ter que passar por um ajuste fiscal bastante grande", afirma.

O ganho do setor bancário, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, também ajudou o índice a subir no dia. O Itaú Unibanco e o Bradesco tiveram valorizações de 1,56% e 0,52%, respectivamente, para R$ 36,36 e R$ 37,08. Já o Banco do Brasil subiu 0,34%, para R$ 23,56.

Em sentido oposto, as siderúrgicas caíram fortemente, após terem registrado ganhos expressivos no último pregão. A Usiminas encabeçou a lista, com a sua ação preferencial registrando baixa de 5%, para R$ 4,75. A CSN cedeu 2,44%, para R$ 5,60, enquanto a Gerdau perdeu 1,92%, para R$ 10,22.

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