As dúvidas sobre o placar do impeachment da presidente Dilma Rousseff e o ambiente de cautela externo, que antecede a publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (15 horas), determinam a continuidade da alta do dólar nesta quarta-feira, 6. A moeda americana também sobe no exterior em relação ao euro e divisas emergentes e ligadas a commodities, mas recua frente o iene, refletindo busca de proteção.
Às 9h30 desta quarta, a moeda americana no mercado à vista subia 0,40%, a R$ 3,6960. O Dólar futuro de maio avançava 0,44%, a R$ 3,7250.
Além de acompanhar a evolução da contagem dos votos favoráveis e contrários à saída de Dilma, o investidor focará a apresentação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na Comissão do Impeachment da Câmara, às 14 horas. O documento será votado pela Comissão na segunda-feira (11).
A oposição precisa de 33 votos dos 65 integrantes da comissão. Também aguarda o desfecho da reunião das bancadas do PP na Câmara e no Senado para avaliar se desembarcam ou não da base aliada.
O posicionamento dos deputados federais a respeito do impeachment começou a ser apurado pelo Grupo Estado. O primeiro levantamento mostra que 234 deputados se manifestaram favoráveis e 110 disseram ser contrários. Estavam indecisos 56 e 10 não quiseram responder. Outros 103 não foram encontrados.
No câmbio, após o dólar à vista subir ontem a R$ 3,6813, acumulando ganhos de 3,44% nas duas últimas sessões, o Banco Central não fará hoje leilão de swap reverso, que corresponde à compra de dólar e à venda de taxa de juros no mercado futuro. Haverá apenas o leilão de rolagem do vencimento de swap cambial de maio, entre 11h30 e 11h40, com oferta de até 5.500 contratos para dois vencimentos.