País tem corte de 1,172 milhão de empregos no período de um ano, diz IBGE

A população ocupada ficou em 91,134 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro de 2016
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 20/04/2016 às 11:12
A população ocupada ficou em 91,134 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro de 2016 Foto: Foto: Valdecir Galor/SMCS


O País registrou ainda um corte de 1,172 milhão de postos de trabalho no período de um ano. A população ocupada ficou em 91,134 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro de 2016, recuo de 1,3% ante o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Após sucessivos cortes de vagas, a população ocupada volta ao patamar de meados de 2013, ressalta Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

"A queda na população ocupada foi extremamente agressiva. Várias pessoas perderam emprego. Além dos trabalhadores que foram contratados temporariamente, o corte foi adiante. Pessoas que estavam efetivamente empregadas perderam o trabalho", apontou Azeredo.

Ao mesmo tempo, a população em idade de trabalhar aumentou 1% em um ano, 1,625 milhões de indivíduos a mais. Já o total de inativos diminuiu 0,3%, 174 mil pessoas a menos nessa condição.

"Há um crescimento demográfico da população. A população cresce. É esperado que emprego cresça acima da população, se a situação econômica for favorável. Mas o que acontece aqui é que a geração de emprego não é suficiente, pelo contrário, não absorve essas pessoas", disse Azeredo. 

População desocupada

A população desocupada no País atingiu o montante recorde de 10,371 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, segundo os dados da Pnad Contínua.

O resultado representa um crescimento de 40,1% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2015, o equivalente a mais 2,970 milhões de brasileiros nessa condição, maior alta em termos absolutos.

"Não foi a variação porcentual mais alta da série. Mas quando você compara com o mesmo período do ano anterior, a pesquisa tem crescimento expressivo na desocupação", disse Cimar Azeredo.

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