O dólar opera com viés de baixa ante o real, ajudado pela revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2016 ante o terceiro trimestre de 2016, de -0,9% para -0,5%, destacou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer. Segundo ele, o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2017, de 1,00%, ante o quarto trimestre de 2016, ficou dentro do esperado.
Spyer disse que a queda do dólar poderá desacelerar sob pressão do exterior. Nos EUA, o dólar se fortaleceu, reagindo ao aumento da criação de emprego no setor privado, calculado pela ADP, para 253 mil vagas em maio, ante expectativa de 180 mil empregos. Declarações do diretor do Fed (o banco central norte-americano) Jerome Powel, de que a inflação nos EUA voltará a acelerar, também ajudam a apoiar a moeda americana lá fora.
O corte de 1 ponto da taxa Selic, para 10,25% ao ano já era esperado, por isso, está em segundo plano, disse Spyer. Na quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual. O corte foi o sexto consecutivo. Comunicado do BC divulgado após a decisão, porém, indica que o ritmo de corte do juro será reduzido já na próxima reunião.
A redução de 1 ponto porcentual da Selic era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 57 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 47 esperavam corte de 1 ponto porcentual da Selic, oito projetavam diminuição menor, de 0,75 ponto porcentual, e duas mantinham expectativa por redução de 1,25 ponto porcentual.
Às 9h32, o dólar à vista caía 0,51%, aos R$ 3,2163. O dólar para julho recuava 0,32%, aos R$ 3,2390.