Maior banco da América Latina investe em inovação no Brasil

Centro de empreendedorismo tecnológico do Itaú, conhecido como Cubo, vai ampliar suas atividades, abrigando até 210 startups
SAULO MOREIRA
Publicado em 03/09/2017 às 7:15
Centro de empreendedorismo tecnológico do Itaú, conhecido como Cubo, vai ampliar suas atividades, abrigando até 210 startups Foto: Foto: Divulgação


O que faz o maior banco da América Latina, com ativos de R$ 1,42 trilhão, investir num empreendimento sem fins lucrativos e, pior, que não se sustenta financeiramente? Futuro. O Itaú Unibanco mira o futuro ao criar, investir e ampliar um dos centros mais marcantes do País na área de empreendedorismo tecnológico, o Cubo.

Trata-se de um prédio com cinco andares e 52 empresas embrionárias, que podem ou não fazer sucesso – é bom lembrar que o fracasso não algo malvisto nesta área. O espaço, hoje, tem 5.324 metros quadrados (m²) e foi aberto em setembro de 2015, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. Ainda no primeiro semestre do ano que vem, no entanto, o Cubo vai ganhar casa nova. Funcionará no mesmo bairro, porém num edifício novo, de 12 andares e 20.573 m². O novo Cubo vai abrigar 210 startups e será o maior centro de empreendedorismo América Latina.

O Itaú e seu sócio no projeto, a Redpoint, cobram R$ 1 mil por cadeira por mês. Já os contratos com grandes empresas – que também estão no hub – são negociados individualmente. Apesar do potencial de negócios do Cubo, Flavio Pripas, diretor do centro, diz que o empreendimento ainda não se sustenta. Precisa de aportes mensais dos parceiros. “Não há fins lucrativos no Cubo. Nosso objetivo é desenvolver um ecossistema de ideias e ensinar grandes empresas a fazerem negócios com startups”, diz Flavio.

INOVAÇÃO

Mas, considerando o apetite do setor financeiro no Brasil, qual é, realmente, o interesse do Itaú? “O banco investe no Cubo para se conectar a este ecossistema de empreendedorismo. É através dele que a gente atrai pessoas que pensam de forma empreendedora para que possamos evoluir constantemente no mundo digital”, diz o diretor-executivo do Itaú, Ricardo Guerra.

O Cubo mantém no mesmo lugar agentes de mercado, investidores, grandes empresas, universidades e, claro, os jovens que, associados ou não, sentam à mesa diariamente para pensar soluções. Sejam soluções para o Itaú, para outro banco ou para qualquer outra empresa. A lógica do Cubo é mesma das plataformas abertas. Não há limitações nem restrições aos negócios.

Para uma startup se instalar no local, segundo Flavio, é preciso unicamente que ela apresente uma solução com escala para um problema real. A demanda foi tanta que o Cubo está ampliando sua estrutura. Não custa lembrar, porém, que neste turbilhão de ideias, o Itaú, sabe de tudo antes.

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