O porcentual de famílias endividadas alcançou 61,8% em outubro de 2017, alta de 0,1 ponto porcentual na comparação com setembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira (8), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em relação a outubro de 2016, quando o indicador alcançava 59,8% do total de famílias entrevistadas, a alta foi de 2 pontos porcentuais.
"A queda das taxas de juros e a lenta recuperação da renda do trabalhador têm favorecido a retomada gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento", diz o economista Bruno Fernandes, em nota distribuída pela CNC.
Por outro lado, segundo a entidade, a proporção de famílias que relataram endividamento elevado diminuiu entre os meses de setembro e outubro - de 15% para 14,6% do total de famílias. Na comparação anual, houve estabilidade. O porcentual de famílias que se declararam pouco endividadas subiu de 24% em setembro para 24,5% em outubro. Em relação a outubro de 2016, também ocorreu aumento de 0,7 ponto porcentual.
Apesar da alta do porcentual de famílias endividadas, a proporção daquelas com dívidas ou contas em atraso diminuiu em outubro, atingindo 26% das famílias ante 26,5% em setembro. Na comparação com outubro de 2016, entretanto, houve alta de 1,3 ponto porcentual.
Já a proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso caiu para 10,1% em outubro, ante 10,9% em setembro. Na comparação com outubro de 2016, houve alta de 0,3 ponto porcentual. Os 10,9% de setembro deste ano havia sido o maior patamar da série histórica. Segundo a CNC, a proporção das famílias que declaram não ter condições de pagar as contas indicam persistência da inadimplência.