Quase 30% das atividades do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, no centro do escândalo 'Panama Papers', passava pelas unidades da empresa em Hong Kong e na China, informou o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).
Os números indicam que 29% das offshores ativas criadas pela firma (16.300) foram tramitadas por meio dos escritórios da Mossack Fonseca em Hong Kong e China, segundo o ICIJ.
De acordo com a investigação dos 11,5 milhões de documentos que vazaram, os parentes de pelo menos oito integrantes ou ex-integrantes do Comitê Permanente do Politburo, a instância mais importante do Partido Comunista, estiveram envolvidos com empresas 'offshore'.
A criação de empresas em paraísos fiscais não é ilegal em si, mas em muitos casos estas servem para ocultar o patrimônio das autoridades fiscais ou para lavar dinheiro do tráfico de drogas.