O consumidor pode ir preparando o bolso. Na próxima terça-feira (26), a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai definir o aumento anual dos clientes da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). O reajuste vai entrar em vigor no dia 29 deste mês. Nesta terça-feira (19), foram anunciados os reajustes dos consumidores residenciais do Ceará, da Bahia e do Rio Grande do Norte que foram, respectivamente em média, 13,7%; 10,82% e 7,8%. Nesses Estados, o novo preço entra em vigor na sexta-feira (22).
O reajuste da Celpe deve ficar próximo à inflação, segundo um especialistas do setor elétrico que preferiu não se identificar. O cálculo do reajuste de energia é bastante complexo. De acordo com a Aneel, o aumento reflete a variação de custos associados à prestação do serviço, conforme estabelecido no contrato de concessão das distribuidoras, levando em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, além dos encargos setoriais, impostos cobrados na conta de energia.
Os custos típicos da atividade de distribuição são atualizados com base no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) que registrou uma variação de 11,56% nos últimos 12 meses.
A Companhia Energética do Ceará (Coelce), a Companhia Energética da Bahia (Coelba) e Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) tem condições parecidas com a da Celpe. A Coelba e a Cosern pertencem ao Grupo Neoenergia, o mesmo dono da Celpe.
No Ceará, a indústria terá um reajuste médio 11,51%. A Coelce fornece energia para 3,4 milhões de unidades consumidoras em 184 municípios daquele Estado. Em termos de tamanho, é a distribuidora mais próxima da Celpe.
As indústrias baianas terão um reajuste médio de 10,64%. A Coelba atende 5,7 milhões de consumidores nos 415 municípios baianos.
Das três distribuidoras citadas acima, a Cosern foi a que apresentou o menor percentual de reajuste para a indústria, ficando em 7,61%. A distribuidora potiguar possui 1,3 milhão de unidades consumidoras em 167 municípios.