Empresa mineira fará estudo de viabilidade do Tecon 2 de Suape

Estudo de viabilidade deve ficar pronto em três meses, segundo o vice-presidente de Suape, Marcelo Bruto
Da editoria de economia
Publicado em 07/06/2017 às 19:41
Estudo de viabilidade deve ficar pronto em três meses, segundo o vice-presidente de Suape, Marcelo Bruto Foto: Foto: Rafael Medeiros/Acervo JC


O Porto de Suape homologou a empresa mineira Ceres Inteligência Financeira para fazer o estudo de viabilidade econômica do segundo Terminal de Contêineres (Tecon-2) que custará R$ 330 mil. Os recursos são do complexo industrial portuário. A companhia venceu por apresentar o menor preço na licitação feita pela estatal. O estudo é necessário para que seja feito uma licitação para a implantação do empreendimento que pode resultar num investimento de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão.

“O contrato para a execução do estudo deve ser assinado na próxima semana e a expectativa é de que o mesmo seja concluído em três meses”, diz o vice-presidente do Porto de Suape, Marcelo Bruto. O tempo é curto porque já existem outros projetos de 2012 e 2013 que levantaram números sobre o projeto. É necessário fazer uma atualização dessas informações e projeções porque a economia ainda não estava em recessão nos anos citados acima.

Na terça-feira (13/06), ocorrerá uma reunião em Suape com representantes do porto pernambucano, da Empresa de Planejamento e Logística – que pertence ao governo federal – e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “A intenção é ter a participação de todos os que vão analisar o projeto para que essa futura licitação aconteça de uma maneira mais rápida”, afirma Marcelo.

AUTONOMIA ?

O governo do Estado estava apostando que faria essa licitação com a volta da autonomia de Suape prometida pelo presidente Michel Temer (PMDB). Com o julgamento da chapa de Dilma Rousseff (PT) e de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as investigações da Operação Lava Jato que apontam o envolvimento de Michel Temer com os empresários da empresa JBS, o clima político ficou mais conturbado e quase não mais se fala em devolver a autonomia de Suape. “Essa licitação pode ser feita pela Antaq, caso não seja devolvida à autonomia”, conta Marcelo.

O porto pernambucano e mais 19 perderam a sua autonomia com uma lei sancionada em 2013 por Dilma Rousseff que decidiu concentrar os processos de arrendamento de área portuária em órgãos como a Antaq e a Secretaria Nacional dos Portos, ambas em Brasília.

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