O Dieese estima que cerca de R$ 5,9 bilhões serão injetados na economia pernambucana, por causa do 13º salário de 3,1 milhões de trabalhadores. O pernambucano deve receber, em média, R$ 1.714,17, o segundo maior rendimento no Nordeste (excluindo os profissionais aposentados pelo regime próprio do Estado). O valor corresponde a 2,9% dos R$ 200,5 bilhões totais que serão pagos no Brasil, o equivalente a 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB). No âmbito nacional,o aumento da renda será, em média, de R$ 2.251.
Dos trabalhadores que receberão o extra em 2017 no Estado, 52% estão inseridos no mercado formal (setor público, privado e emprego doméstico) e respondem por 62,6% do total de recursos, com rendimento médio de R$ 2.243,37. Os outros são beneficiários do Regime Geral da Previdência, que vão receber, em média, R$ 1.140,70.
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão empregados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 68,5% do total destinado ao mercado formal e receberão o maior 13º salário, no valor de R$ 2.653,35.
Os números compõem um levantamento feito pelo dieese com base nos dados da Relação Anual de Informação Social (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram usadas nos cálculos informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro.
Em outra pesquisa, com 1.045 consumidores, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) apurou que 85% dos entrevistados pretendem utilizar o 13º para pagar dívidas – aumento de 4,94% em relação a 2016. Ao mesmo tempo, houve queda de 33,3% de consumidores que devem poupar parte do que sobrar para as despesas de começo de ano, como IPVA e IPTU.