As alíquotas de ICMS aplicadas sobre a circulação de produtos e serviços em Pernambuco variam de 4% a 30%, fazendo com que a arrecadação dos tributos seja bem distribuída entre os setores. O que mais arrecada é o segmento de combustíveis, concentrando R$ 3,2 bilhões em 2016. Na sequência aparece o setor de energia, com R$ 1,6 bilhão. Desse valor, quase a totalidade (R$ 1,4 bilhão) é proveniente da empresa que mais contribuiu com os cofres estaduais no ano passado, a Celpe.
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“O crescimento da empresa está intimamente associado ao desenvolvimento de Pernambuco. O inverso também se aplica. A aplicação estratégica dos recursos, de modo a fazer o Estado se desenvolver cada vez mais, reflete diretamente no consumo de energia nos mais variados setores. Por sua vez, esse maior consumo retorna para o governo na forma de arrecadação. Trata-se de um ciclo virtuoso em que todos ganham”, afirma o presidente da Celpe, Antonio Carlos Sanches.
Na sequência dos maiores geradores do imposto estadual aparece o segmento de telecomunicações, que gerou o equivalente a R$ 954 milhões no mesmo período. Todas as principais empresas do ramo no País estão listadas no ranking das 50 organizações que mais contribuíram para os cofres de Pernambuco. Dentre elas, a Claro é a mais bem colocada, figurando a sexta posição geral.
“A Claro vê no Nordeste, e principalmente em Pernambuco, uma região com grande relevância estratégica. No caso do Recife, mais especificamente, há um centro de tecnologia como o Porto Digital, uma área que tem tudo a ver com o nosso negócio”, diz o diretor regional da Claro para o Nordeste, André Peixoto. Segundo ele, em 2016, ano ao qual se refere o ranking, a empresa instalou 176 novas antenas para atender o Recife e levou sua cobertura a 76 novas cidades pernambucanas.
Ainda no segmento de telecomunicações, a Vivo (marca comercial do grupo Telefônica), também é listada. “Pernambuco é um Estado extremamente importante e estratégico para a Vivo. Queremos oferecer cada vez mais produtos e serviços aos nossos clientes. E é a partir da oferta de conectividade, com qualidade, que a empresa oferece serviços inovadores que facilitem a vida dos nossos clientes”, comenta o diretor da Vivo para o Nordeste, Ricardo Vieira.
Com uma cartela de produtos diversificada, a Unilever, que conta com cinco fábricas no Estado, também aparece entre as que mais contribuíram para a geração de recursos públicos. “Temos uma história de longa data com Pernambuco. A primeira fábrica no Estado foi inaugurada em 1991, em Garanhuns e, hoje, contamos com 5 fábricas pernambucanas. Essa presença é estratégica para abastecer os mercados das regiões Norte e Nordeste e para o escoamento de produtos destinados à exportação”, diz vice-presidente de Supply Chain da Unilever Brasil, Renato Miatello.
Dentre os produtores de bens não duráveis e representante das marcas que integram o polo cervejeiro pernambucano, o Grupo Petrópolis também foi listado entre os 50 maiores do Estado. “Representar uma das maiores fontes de renda e empregos no Estado nos dá dimensão da importância que temos na atividade econômica de Pernambuco e nos demonstra a responsabilidade que carregamos perante o Estado e a sociedade pernambucana”, afirma a empresa através de nota.