O São João é uma época cultural que movimenta muito dinheiro em diversas cidades pernambucanas. A prefeitura de Caruaru, no Agreste, por exemplo, espera que sejam injetadas na economia cerca de R$ 200 milhões, além de seis mil postos de trabalhos gerados. Mas, segundo a Polícia Federal (PF), a alta circulação de dinheiro no comércio junino também facilita o uso de notas falsas. Dessa forma a instituição federal orienta aos comerciantes cuidado na hora de receber o dinheiro.
De acordo com o chefe de comunicação social da PF, Giovanni Santoro, o aglomerado de pessoas facilita o uso de notas falsas, sendo o momento onde o golpista aproveita que o comerciante não está prestando muita atenção pois quer atender muita gente no menor tempo possível.
A orientação da Polícia Federal é, justamente não ter pressa no atendimento, prestando atenção nas notas. Os falsificadores não costumam mudar as numerações, então, ao receber duas cédulas, e importante verificar se elas não têm a mesma numeração. Além disso, há diferenças na textura das notas, já que as falsas costumam ser lisas e as originas, ásperas e com alto relevo. Na impressão, as notas falsas costumam ser pouco nítidas e podem ser borradas, enquanto as originais têm as cores firmes e uma marca d’água que aparece quando a cédula é colocada contra a luz. O cuidado deve ser redobrado com notas de valores mais altas, porque é mais lucrativo ao falsificador, que poderá receber troco maior pelos produtos comprados.
Segundo Giovanni Santoro, o primeiro passo é procurar uma delegacia da Polícia Federal para entregar a cédula e prestar depoimento sobre o recebimento dela. Em seguida, os agentes irão começar as investigações para averiguar de onde está partindo e quem pode ter colocado o dinheiro falsificado no mercado.
“Acontece que a pessoa recebe uma nota falsa e para não ficar no prejuízo, sabendo que é falsa, costuma passar ela novamente. Isso também é crime”, pontuou Santoro.