Mercado de gelaterias cresce no Recife

Rede cearense, San Paolo gelato inaugurou sua primeira loja de rua na capital pernambucana
Da editoria de economia
Publicado em 26/01/2019 às 7:10
Foto: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


Se as sorveterias tradicionais comemoram bons resultados, as empresas que apostam nas novas modalidades desse mercado gelado não veem por que não investir. Se, a priori, o território das gelaterias eram os shoppings, ter lojas espalhadas pelos bairros da cidade deixou de ser aposta e agora já é realidade a negócios que buscam atender um público cada vez mais exigente.

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A rede cearense San Paolo, que está no seu sétimo ano de operação, tem aplicado um investimento médio de R$ 800 mil por loja e garantido crescimento de até 30% ao ano. Com quatro lojas em shoppings do Recife, o ano de 2019 se inicia com a abertura da primeira unidade de rua na capital pernambucana, inaugurada esta semana na rua Amélia, no Espinheiro, e a expectativa de outra loja de rua em Boa Viagem ou Recife Antigo, além de um novo ponto no aeroporto.

“Hoje em dia, as nossas lojas campeãs são todas de shopping, esta nova loja do Recife é a primeira que estamos testando um mix mais ampliado de produtos. Em média, cada loja fatura R$ 140 mil, e até o fim do ano pretendemos inaugurar ao todo dez unidades, entrando nos mercados da Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, além de ampliações em São Paulo e na Bahia”, diz um dos sócios-fundadores da rede, Renan Aguiar.

Embora não trabalhem com modelo de franquia, em todo o País a San Paolo já mantém 26 lojas, sendo sete de rua. A nova loja do Recife, além do gelato oferece opções de café, lanches salgados e espaços para reuniões. Os gelatos saem a partir de R$ 11,50 e o café acompanhado de porção da iguaria tradicionalmente italiana, R$ 7. “Se a gente for olhar o mercado de sorvetes, houve uma queda em relação aos últimos anos. Mas ainda não temos dados desmembrados em relação às gelaterias. O que posso dizer é que existe demanda grande para crescer”, justifica Aguiar.

Consumo

Segundo o presidente da Abis, o consumo ainda limitado dos brasileiros é o que impulsona a expansão e a chegada de novos tipos de produtos. “O mercado brasileiro tem espaço para todos os segmentos gelados. A Europa, mesmo com clima mais frio, consome até quatro vezes mais do que a gente. Aqui temos uma série de condições favoráveis. O que temos a fazer é uma mudança cultural, para o pessoal entender que o sorvete alimenta, é nutritivo e pode ser consumido o ano inteiro. Estamos muito otimistas para este novo ano. Imagina, se não fosse os últimos anos de crise, como já estaria o nosso mercado agora?”, indaga Eduardo Weisberg. Atualmente, o País conta com Dez mil empresas no ramo de sorvetes, que geram 75 mil empregos diretos e 200 mil indiretos. Cerca de 92% dos negócios são micro e pequenas empresas.

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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