Mais de 700 mil veículos foram produzidos desde que a Jeep começou a funcionar em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, em abril de 2015. No mesmo terreno, são 12 edifícios – que abrigam mais 15 fornecedores. Juntas, empregam cerca de 13,6 mil pessoas em três turnos. Para ser montado, cada carro usa 3,1 mil componentes. E o mais impressionante: zero desse polo automotivo é destinado ao aterro sanitário. A montadora também é carbono neutro – anulando as emissões que joga na atmosfera –, praticamente eliminou o uso da água potável na fabricação e reduziu em 45% a energia consumida por unidade fabricada, comparando 2018 com 2016.
São 14 mil toneladas de 50 tipos de resíduos diferentes que chegam ao polo automotivo mensalmente. Eles são enviados à Ilha Ecológica, uma área de 3 mil m². Lá, 82 profissionais atuam, também em três turnos, dando o destino correto aos materiais. “Foi implantado um sistema de gestão que vai desde o CEO (cargo mais alto da companhia) à linha de produção, permeando todas as empresas. A gestão de resíduos inclui cinco erres: recusar, reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. Adotamos algumas práticas, como dar preferência aos fornecedores em que a embalagem vem e volta, trazer mais peças dentro da mesma embalagem, entre outras”, resume o analista ambiental da Jeep Diego Marques.
Nesse sistema de gestão, a maior parte dos resíduos são reciclados: papelão, plástico e até isopor. A tecnologia usada reduz o volume do isopor em até 50 vezes, transformando-o em pequenas peças de plástico, usadas como matéria-prima na fabricação de canetas e capas de CD.