BNB direciona R$ 2,9 milhões do FNE para financiamento de startups

o FNE Startup, sub programa do FNE Inovação, deve começar a operar em janeiro de 2020
Da editoria de economia
Publicado em 17/12/2019 às 19:09
o FNE Startup, sub programa do FNE Inovação, deve começar a operar em janeiro de 2020 Foto: Foto: Divulgação


Do total de R$ 29,3 milhões previstos para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em 2020, R$ 2,9 milhões serão destinados pela primeira vez ao financiamento de startups. Os recursos fazem parte de nova linha de financiamento do Fundo, o FNE Startup, sub programa do FNE Inovação, que deve começar a operar já no mês de janeiro de 2020.

"Esse é um valor geral, que vai ser distribuído em função da demanda. Quem apresentar mais rapidamente os projetos, dentro das condições que o banco coloca, vai ter a possibilidade de financiar até R$ 200 mil com a nova linha do Banco do Nordeste", explica o superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, Ernesto Lima Cruz.

Os financiamentos contemplarão aquisição de bens de capital, folha de pagamento, despesas de remuneração de estagiários, capital de giro - quando exclusivamente associado ao investimento - treinamento, capacitação, aluguel de equipamentos e outros bens e serviços necessários à viabilização do projeto de inovação. Também serão financiáveis despesas com coworking, prestação de serviços especializados, propaganda, publicidade e paid ads, bem como serviços de armazenamento de dados, a exemplo da contratação de serviços de Cloud Infrastructure (servidor, armazenamento, serviços de manutenção) e gastos relacionados à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

“Até R$ 50 mil, demandados garantia fidejussória (pessoal). Acima disso, já demandamos garantias reais, com a possibilidade de vincular contratos de serviços das empresas”, detalha o superintendente.

CONDIÇÕES

A linha de crédito para as startups tem prazo de amortização de cinco anos, com seis meses de carência e 12 meses para pagamento do montante principal. As taxas deverão variar entre 2% a 3%, seguindo a regra do próprio FNE, com valor fixo atrelado à variação da inflação.

“A gente acredita que essa linha vá consumir toda a dotação. Sempre há a possibilidade de um acréscimo na dotação, mas isso vai dependendo da velocidade desses recursos serem colocados no mercado. A gente fica muito feliz em poder abrir esse flanco de financiamento para uma área que acreditamos que é o futuro das empresas e do próprio negócio do banco”, avalia Cruz.

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