Após uma redução no preço cobrado pelo gás natural no mês de janeiro, a Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) autorizou a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) a aplicar, a partir do dia 1º de fevereiro, um reajuste médio de 4,28% no preço do fluido. De acordo com a Copergás, no caso do Gás Natural Veicular (GNV), o reajuste não será repassado pelos postos de combustíveis.
No último mês de janeiro, a Arpe foi autorizada a reduzir em média 2,31%. À época, em virtude da variação do gás natural por parte da Petrobras, a tarifa ficou mais barata até o dia 31 de janeiro de 2020. Graças a esse abatimento, inclusive, a Copergás garante que o reajuste de agora, embora seja de 4,28%, terá impacto de 1,94% sobre a tarifa média para o próximo trimestre, considerando a recomposição extraordinária de janeiro passado.
"Em janeiro tivemos essa queda e agora, em fevereiro, estamos tendo um aumento. Uma coisa compensa a outra e, no fim das contas, o impacto para o consumidor será menor. No mês passado, como os donos de postos não repassaram a redução, ficou acordado com o sindicato (Sindcombustíveis) que não haveria repasse algum do aumento este mês (fevereiro)", afirma o presidente da Copergás, André Campos.
Em cumprimento ao que rege o Contrato de Compra e Venda de Gás Natural no Estado – mantido entre a Copergás e a Petrobras - a nova tarifa será aplicada no período compreendido entre os meses de fevereiro e abril deste ano. A recomposição tarifária, com os repasses dos custos do gás, é atualizada a cada trimestre por determinação da Arpe, esperando-se, assim, mais três reajustes ao longo deste ano.
"A gente nunca tem poder sobre isso. Claro que era muito melhor para a gente que fosse aumento zero. Mas não depende da gente. Isso é o preço da molécula. Somos apenas a repassadora do que se compra da Petrobras, recebendo só o percentual pela distribuição. O ideal é que nunca tivesse aumento, mas infelizmente a gente não pode planejar isso. Só temos um fornecedor, se a gente tivesse três ou quatro, poderíamos negociar preço", diz André Campos, em referência à necessidade de abertura do mercado de gás, hoje monopolizado pela Petrobas.
No mês de agosto de 2019, a Arpe autorizou um reajuste médio de 5,67% no preço do gás natural em todo o Estado. As indústrias tvieram aumento médio de 5,65%. Já os segmentos veicular (GNV) e comprimido (GNC), os valores subiram 3,55% e 5,10%, respectivamente. A cogeração teve uma majoração de 4,62%. O segmento comercial passou a pagar um valor 16,52% mais caro. O residencial, 18,46%.
A Copergás está presente em Pernambuco com uma rede distribuidora de 850 km, atendendo a mais de 44 mil clientes, com uma média 1,4 milhões de metros cúbicos do combustível distribuídos por dia para cerca de 100 consumidores. Para os próximos cinco anos, a companhia investirá cerca de R$300 milhões em infraestrutura, dando continuidade no fomento da economia do Estado nos setores Industrial, comercial, residencial, veicular, termoelétrico e cogeração. Estima-se a criação de novos 402 km de gasodutos para o período.