França e Bélgica farão o confronto da intensidade

Equipes se enfrentam nas semifinais da Copa da Rússia
JC Online
Publicado em 09/07/2018 às 8:09
Equipes se enfrentam nas semifinais da Copa da Rússia Foto: AFP


O duelo entre França - campeã em 1998 -, e Bélgica (busca sua primeira final), nesta terça-feira (10), em São Petersburgo, pela semifinal da Copa, promete ser um digno recital de futebol propositivo, vertical e contundente. E não faltam jogadores de ponta para liderarem suas equipes, com Mbappé, Pogba, Griezmann e Kanté do lado francês e Hazard, Lukaku e De Bruyne do lado belga.

O prodígio francês Kylian Mbappé é o nome da renovação do futebol dos Azuis. Habilidoso, veloz e com maturidade impressionante para seus poucos 19 anos, o atacante do Paris Saint-Germain tem um futuro - e presente - de encher os olhos no futebol mundial. “Trabalhei o ano todo para isso, sonho com isso desde que era criança. Isso é algo grandioso”, garantiu o jovem após assegurar vaga nas semifinais com vitória sobre o Uruguai.

Pelo lado belga, Romelu Lukaku, que teve grande atuação na vitória por 2x1 contra o Brasil, nas quartas de final, é pura potência e energia. Com quatro gols na Copa, tem dois a menos do que o artilheiro do Mundial, o inglês Harry Kane. A Inglaterra encara a a Croácia na outra semifinal.

SEM DEPENDÊNCIA

Mas a Bélgica é muito mais do que Lukaku. A seleção finalmente conseguiu comprovar a força da sua equipe cheia de estrelas, uma verdadeira “geração dourada” de jogadores que não surgiu do nada, mas foi fruto do trabalho da Federação Belga há mais de uma década. Com a lembrança da semifinal da Copa de 1986 perdida para a Argentina de Diego Maradona, o melhor resultado alcançado até agora pelos Diabos Vermelhos, o futebol belga foi decaindo, tanto que esteve ausente das Copas de 2006 e 2010 e das Euros de 2004, 2008 e 2012.

Os Diabos Vermelhos chegaram ao fundo do poço, caindo para a 71ª posição do ranking Fifa em junho de 2007, a mais baixa já ocupada pelos belgas desde a criação desta classificação, em 1993. Mas alguns anos antes, no início do novo milênio, já haviam começado a preparar a base dos sucessos que chegariam mais de uma década depois.
Porque se a Bélgica conta agora com alguns dos melhores jogadores do mundo em suas posições, como os meias Eden Hazard e Kevin De Bruyne, o atacante Romelu Lukaku e o goleiro Thibaut Courtois, é pelo trabalho de melhoria das instalações e da formação dos jovens talentos que começou há quase 20 anos. “Foi um trabalho muito complexo, mas que teve seus frutos”, disse o técnico Roberto Martínez.

No início dos anos 2000, os responsáveis pelo futebol belga começaram a analisar os sistemas de trabalho dos países vizinhos como França, Alemanha e Holanda, e concordaram em criar uma rede de escolinhas de futebol que contam com auditorias periódicas, a fim de que as melhores pontuadas sejam as que abarcam mais talentos. Os primeiros indícios de que as coisas poderiam estar no bom caminho chegaram nas Olimpíadas de Pequim-2008, nas quais os Diabos Vermelhos chegaram às semifinais com uma equipe na qual já começavam a despontar Fellaini, Vermaelen, Kompany, Vertonghen e Dembelé, todos eles presentes na Rússia. Pouco a pouco foram incorporados outros jovens talentosos, como Witsel, Hazard, De Bruyne, Courtois, Lukaku, Carrasco, Chadli e Meunier.

Lateral da França, Pavard reconheceu a força do adversário de desta terça-feira (10). “Sabemos que a Bélgica é uma ótima equipe, com ótimos atacantes. Mas não é uma pressão particular. Já jogamos contra Messi, contra Suárez. Não temos medo de ninguém. Vamos trabalhar com os analistas de vídeo para saber como pará-los”, afirmou o jogador, que atualmente defende o Stuttgart, da Alemanha. “Com certeza, a Bélgica tem agressividade, tem grandes jogadores. Será muito complicado. Mas temos consciência de nossa qualidade. Temos um grupo excepcional, completou.

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