Herói do Uruguai em 1950, Ghiggia morre no 65º aniversário de título

Na Copa de 1950, Ghiggia fez gols em todas as partidas da competição, feito que só seria repetido por Jairzinho na Copa de 1970
Da Folhapress
Publicado em 16/07/2015 às 19:12
Na Copa de 1950, Ghiggia fez gols em todas as partidas da competição, feito que só seria repetido por Jairzinho na Copa de 1970 Foto: AFP


Nesta quinta-feira (16), data em que o Uruguai comemora 65 anos da vitória sobre o Brasil na final da Copa de 1950, morreu Alcides Ghiggia, 88, autor do gol que garantiu o triunfo que passaria a ser conhecido daí em diante como o Maracanazo. Ele era o último dos uruguaios que participaram da partida que estava vivo.

Ex-ponta direita, Ghiggia morreu após sofrer um ataque cardíaco. Ele vivia na cidade de Las Piedras, no sul do Uruguai. A informação foi confirmada por seu filho, Arcadio, para o jornal uruguaio "El Observador".

Na Copa de 1950, Ghiggia fez gols em todas as partidas da competição, feito que só seria repetido por Jairzinho na Copa de 1970.

O gol que marcaria definitivamente sua carreira foi marcado aos 34 minutos do segundo tempo, quando a partida estava empata por 1 a 1. Ghiggia conduziu a bola pela direita e, diante da marcação de Juvenal que se aproximava, chutou para o gol. O goleiro Barbosa, que seria criticado pelo resto de sua vida pelo lance, viu a bola passar ao seu lado, rente à trave esquerda.

Cerca de 200 mil torcedores presenciaram a derrota brasileira no Maracanã.

"Apenas três pessoas na história conseguiram calar o Maracanã com um só gesto: o papa [João Paulo 2º], Frank Sinatra e eu", disse Gigghia em sua frase mais célebre sobre a final, repetida diversas vezes ao longo dos anos.

O Maracanazo foi tido por décadas como a pior derrota da história da seleção brasileira. Contudo, isso passou a ser colocado em questão após a goleada sofrida por 7 a 1 para os alemães na Copa-2014.

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