O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, conseguiu nesta quinta-feira um novo acordo com a Justiça norte-americana para permanecer em prisão domiciliar em Nova York. A promotoria aceitou que seja feito um depósito de US$ 200 mil em espécie (cerca de R$ 800 mil), até 12 de fevereiro, como alternativa à carta de crédito no valor de US$ 2 milhões que deveria ter sido entregue no dia 15 de janeiro.
A decisão precisa ser homologada pelo juiz Raymond Dearie, do Tribunal de Nova York, o que deve ser feito ainda nesta quinta-feira. Para Marin, o acordo representa um alívio financeiro, já que o deposito de US$ 200 mil equivale ao valor que o cartola pagaria em juros pela carta de crédito.
Em documento ao juiz Dearie, o advogado do cartola, Charles Stillman argumenta que "à luz das condições econômicas no Brasil, (a carta de credito) tem provado ser impossível".
Além disso, a burocracia na obtenção do documento também foi um argumento apresentado pelo advogado em carta enviada à promotoria e ao juiz Dearie em janeiro deste ano.
A defesa de Marin tentava costurar esse acordo desde novembro, quando o cartola foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, sob as acusações de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro.
Para permanecer em prisão domiciliar, o ex-presidente da CBF já tinha dado como garantias seu apartamento em Manhattan, avaliado em US$ 3,5 milhões, e um depósito de US$ 1 milhão em espécie. A carta de crédito era o último elemento do acordo que ainda estava pendente.
Marin também arca com todos os custos das câmeras de vigilância em sua prisão domiciliar e vem sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. A próxima audiência do ex-presidente da CBF está marcada para o dia 16 de março.