Com quatro vitórias em quatro jogos no comando da seleção brasileira, comemorando 12 gols e sofrendo apenas um, o técnico Tite levou o desacreditado time que era dirigido por Dunga à liderança das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. Mas ainda se constrange quando é apontado como o motivo da reviravolta no desempenho da canarinho.
“Não fiz nada. Quem fez foi um grupo todo. Já passei da idade de individualizar situações que são coletivas”, avisou após o triunfo por 2x0 sobre a lanterna Venezuela, em Mérida, anteontem.
O comandante do Brasil também foi bastante comedido ao avaliar a evolução dos seus atletas. “Não é porque estamos em primeiro lugar que… Isso dá confiança? Dá. O resultado foi consistente? Foi. Mas foi só mais um passo”, advertiu.
Nas próximas rodadas das Eliminatórias, o Brasil vai ter missões mais complicadas. Em 10 de novembro, haverá clássico com a Argentina no Mineirão. “Humanamente, não tenho condição de projetar nada para esse jogo. Estava projetando a partida, o resultado, a busca de desempenho em condições adversas. É difícil chegar em Mérida, e ainda há o estado do gramado, o nível do enfrentamento, a busca pela classificação…”, acrescentou.
A luta pela vaga em 2018 vem sendo facilitada pelos resultados recentes. Em caso de sucessos também diante da Argentina e contra o Peru, em Lima, o Brasil seguirá como líder e fica ainda mais próximo do Mundial da Rússia. “Falei para os atletas repetirem o padrão pelos seus clubes para voltarem aqui. Queremos trazer uma equipe que mantenha padrão dentro e fora de casa”, concluiu.