O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) voltou a ser notícia nesta quarta-feira ao definir a perda do mando de campo do Grêmio no segundo jogo da decisão da Copa do Brasil. A punição aconteceu por causa da invasão de campo da filha do técnico Renato Gaúcho, Carol Portaluppi, ao final do empate por 0x0 diante do Cruzeiro que garantiu a classificação da equipe gaúcha.
Com a decisão do tribunal, o Grêmio terá que enfrentar o Atlético-MG no dia 30 de novembro, pela segunda partida da decisão, fora de sua arena. A tendência, no entanto, é que o clube entre com pedido de efeito suspensivo. O jogo de ida da decisão acontecerá na quarta-feira da semana que vem, no Independência.
No último dia 2, Carol Portaluppi acompanhava a partida entre Grêmio e Cruzeiro do túnel da Arena quando foi chamada por Renato para ficar no banco do time gaúcho. Após o apito final, com a confirmação da classificação tricolor, ela entrou em campo abraçada com seu pai.
O fato foi relatado na súmula pelo árbitro Thiago Duarte Peixoto, e na última quinta-feira o clube foi denunciado formalmente. De acordo com os auditores do STJD, o Grêmio infringiu o artigo 213, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento".
Os três auditores responsáveis por julgar o caso nesta quarta-feira entenderam que a infração era passível de perda de um mando de campo. O presidente da mesa, Sérgio Martinez, divergiu, mas a punição foi aplicada por maioria de votos. O Grêmio ainda será obrigado a pagar uma multa de R$ 30 mil.