Em momento marcado por homenagens e gratidão ao Atlético Nacional, a Chapecoense deixou de lado as gentilezas para vencer o time colombiano por 2x1, na noite da terça-feira, na Arena Condá, em Chapecó, no jogo de ida da decisão da Recopa Sul-Americana. A partida da volta está marcada para o dia 10 de maio, no estádio Atanásio Girardot, em Medellín, na Colômbia.
O estádio deveria ter recebido o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, em novembro do ano passado. Mas a tragédia com o time catarinense impediu a realização dos jogos. Mesmo sem a disputa daquele confronto, a Chapecoense ficou com o título, a pedido do Atlético Nacional, como homenagem às vítimas do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas.
O troféu acabou definindo mais um duelo entre a equipe catarinense e o time colombiano. Isso porque a Recopa Sul-Americana reúne os campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. E o Atlético Nacional foi justamente o campeão da primeira.
As homenagens tiveram início horas antes da partida, quando torcedores da Chapecoense fizeram caminhada do centro da cidade até a Arena Condá, que foi alvo de um abraço coletivo. Dentro do estádio, o clube catarinense deu início ao "show da gratidão" por volta das 18 horas, com discursos de dirigentes das duas equipes. A gratidão era endereçada ao Atlético Nacional, pelas homenagens que fez ao time brasileiro e pelo acolhimento aos familiares e aos amigos das vítimas após o acidente aéreo.
Quatro dos seis sobreviventes do acidente, Rafael Henzel, Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto participaram do grande evento. Eles entraram de mãos dadas no gramado e fizeram discursos de agradecimento ao Atlético Nacional e àqueles que deram suporte aos jogadores e vítimas diante da tragédia. Em seguida, o cantor Duca Leindecker foi até o centro do gramado para cantar uma música, enquanto bandeiras gigantes dos dois times ocupavam boa parte do gramado.