Se por um lado o Sport sofre com a perda dos seus medalhões, o mesmo não acontece com o Central, rival do rubro-negro nas semifinais do Pernambucano. O clube de Caruaru investiu numa folha barata, sem grandes nomes. Mesclou jovens com atletas mais rodados, mas sem grande destaque no cenário nacional. A principal estrela alvinegra é o técnico Mauro Fernandes, com passagens pelos três clubes da capital. A Patativa apostou no desconhecido e vem colhendo os frutos disso.
A ideia da diretoria alvinegra sempre foi de montar uma equipe de desconhecidos, mas que lutassem e brigassem dentro de campo. Para o gerente de futebol Adriano Coelho, mesmo se tratando de anônimos, o elenco do Central apresenta muitas qualidades. “Se não tivéssemos qualidade, a gente não estaria na semifinal. É um grupo de operários sim e que vai dar muito trabalho ao Sport. Éramos para ter vencido os jogos contra os três grandes na primeira fase. Jogamos muito bem”, explica.
Um dos pilares do time comandado por Mauro Fernandes é o volante Eduardo Erê. Cria das categorias de base do Náutico, o jogador de 30 anos acredita que propostas devem surgir por conta da campanha. Mas lembra que possui contrato com o time caruaruense. “O que surgir tenho que ver o que vai ser bom para mim e para o clube. Foi o Central quem me abriu as portas e tenho contrato aqui”, analisa.
A união do grupo é outro ponto forte no Central. Segundo Adriano, o time está blindado pelo técnico Mauro Fernandes. Inclusive, deixando-os alheios a possíveis sondagens de adversários. “Não recebemos nenhuma sondagem oficial. E, mesmo se tivesse, nós não estamos pensando nisso agora. Apenas após o fim do Estadual. Todos os atletas possuem contrato até o fim da Série D conosco”, completa.
Outro “carregador de piano” alvinegro é o volante Douglas Carioca, de 26 anos. O jogador crê que está vivendo um dos melhores momentos da carreira. “Estamos indo muito bem como um todo no campeonato. Quando o coletivo flui, o individual começa a aparecer”, justifica.