Mauro Fernandes irá inverter hoje um papel vivido justamente por ele há exatos 20 anos. Em 1998, ele chegou à final do Campeonato Pernambucano no comando do Sport, contra o Porto, de Caruaru. Agora ele está do outro lado. Comanda o Central, equipe da Capital do Forró, diante do Náutico, um dos gigantes do Estado. Inversão de papéis e que enchem de orgulho o experiente técnico de 64 anos.
“Eu sou muito feliz porque na minha primeira passagem no futebol de Pernambuco eu consegui chegar a uma final com o Náutico (em 1995). Depois eu consegui ser campeão com o Sport (em 1998). Agora, tanto tempo depois da conquista desse título, a gente volta com a equipe do Central a disputar o título. Eu fico feliz por estar disputando três finais de campeonato por três times diferentes”, afirmou. Depois, ressaltou a importância de conseguir o feito com a Patativa. “Coisa que nunca tinha acontecido com o Central. Eu estou muito feliz com esse momento do clube”, completou o treinador alvinegro.
Os desafios em comandar um time intermediário em Pernambuco são inúmeros. Falta de estrutura, dinheiro, calendário quase inexistente são alguns. Contudo, Fernandes ressaltou que essa é apenas mais uma batalha em sua carreira. E uma das mais difíceis que já teve.
“Essa é uma das batalhas mais ferrenhas, até porque tem um exército do outro lado e que é muito bem municiado. Mas a pouca munição que tem o Central está muito calibrada. Esperamos que ela faça a diferença no final”, pontua.
A regularidade e a manutenção das peças na equipe titular são alguns dos fatos que contribuíram para a campanha vitoriosa da Patativa em 2018. Foram sete vitórias em 12 jogos (ver arte ao lado). A união do grupo é outro fator importante. Aliás, esse ponto é uma das semelhanças enxergadas por Mauro Fernandes entre a campanha desse ano e a de 1998.
Com a presença na final, o Central já se garantiu na Copa do Brasil do ano que vem. Volta após mais de dez anos longe (última vez havia sido em 2009). Também tem vaga garantida na Série D de 2019.