Há oito meses sem receber seus salários e há seis impedido de exercer sua profissão, o volante Auremir, cria das bases do Náutico e que tinha contrato firmado até dezembro de 2017, finalmente conseguiu, via Justiça do Trabalho, o desvinculo com o Alvirrubro. Agora, o atleta de 22 anos pode procurar um novo clube para jogar. Segundo informações de bastidores, a pedida da indenização giraria em torno de R$ 3 milhões.
A diretoria timbu foi procurada para dar sua versão do fato, mas até o momento do fechamento estava reunida para discutir o caso, uma vez que todos foram pegos de surpresa. “Fiquei sabendo agora, inclusive estou indo ao clube nesse momento para uma reunião com o Departamento Jurídico para tratar disso”, afirmou o diretor de futebol Paulo Guerra. O presidente Glauber Vasconcelos e o vice-presidente Jurídico Gustavo Ventura também não atenderam os telefonemas.
Segundo informou uma pessoa ligada ao atleta que pediu anonimato, a intenção da diretoria era forçar a demissão por parte de Auremir, que estava ávido para voltar a jogar futebol. Como não conseguiu, deixou o atleta de lado, impedindo até de treinar no clube em determinados momentos. O volante, então, teve que pagar do próprio bolso uma academia particular para manter a forma.
Durante a parada da Copa do Mundo, o clube até chegou a procurar o atleta para tentar um acordo, com a possibilidade de reintegração ao elenco, mas não obteve sucesso.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o salário do atleta - que a diretoria alegava ser um impedimento para ele continuar no time -, não chegava nem perto dos R$ 50 mil do teto estabelecido pelo clube.