O atacante Daniel Bueno, de 34 anos, viveu no Náutico uma situação no mínimo inusitada na carreira. O jogador chegou ao Recife no dia 4 deste mês, treinou com bola, foi regularizado no dia seguinte e já vestiu a camisa nove alvirrubra no jogo de ida da fase preliminar da Copa do Nordeste, contra o Itabaiana, na última segunda-feira. O atleta foi apresentado oficialmente à imprensa apenas nesta quarta-feira. Chegou prometendo empenho e dedicação no “maior clube da sua carreira”.
“Foi uma coisa muito rápida (o seu início no Náutico). A adaptação ainda está entrando nos eixos. É lógico que todo mundo sabe, nós sabemos, que a gente não fez uma boa apresentação no jogo de segunda (partida terminou 0x0). Já foi passado vários vídeos para nós dos erros que a gente teve. Se Deus quiser, no sábado, já vai estar tudo acertado para a gente colocar o Náutico nessa fase de grupos da Copa do Nordeste”, disse.
Contratado como centro-avante, a atuação de Bueno no jogo ante os sergipanos chamou a atenção de quem acompanhava a partida. Voltava para buscar jogo no meio de campo, saindo da área constantemente. A característica, segundo ele, foi adquirida após passagens em clubes do exterior. Daniel atuou em países como Malta, Japão, Polônia e Iraque.
“Passei muito tempo em Malta. Foram cinco anos e meio lá. Teve Polônia, República Tcheca e Japão... Cada lugar tem um estilo de jogo diferente. Os japoneses eram mais velocidade. Na República Tcheca e na Polônia era mais bola alçada na área, como os ingleses jogam. Malta é um pais pequeno e cada treinador tem o seu estilo de jogo. Isso me ajudou muito. Na Europa eu aprendi muito a parte da marcação, fazendo o pivô e saindo mais na área para abrir espaço para os pontas. Agora eu estou tentando passar essa experiência aqui para os mais jovens”, afirmou.
Mesmo com 34 anos e passagens por diversas equipe do Brasil e do mundo no currículo, Bueno crê que a grande chance da carreira virá agora. “É a realização de um sonho (jogar no Náutico). É o primeiro clube grande que eu estou vestindo a camisa. Sem desmerecer os outros, mas o Náutico tem uma história no futebol brasileiro”, concluiu.