Eram 27 minutos do primeiro tempo de Fluminense de Feira x Náutico, pela segunda fase da Copa do Brasil, quando Wallace Pernambucano aproveitou o escanteio e fuzilou, de cabeça, para o fundo das redes do adversário. Foi o gol da classificação alvirrubra para a terceira fase da competição. Naquele momento, porém, enquanto os jogadores festejavam, o técnico Roberto Fernandes preferiu esbravejar com um de seus zagueiros. O comportamento explosivo do treinador timbu à beira do campo se repetiu por muitos momentos na partida, assim como vem acontecendo em boa parte dos compromissos do alvirrubro este ano.
A intensidade nas cobranças aos atletas, no entanto, costuma ser uma das marcas do atual comandante do Náutico. Muito embora a tensão do treinador pareça estar ainda maior em 2018, já que o Náutico passa por um momento de reconstrução depois da queda à Série C do Campeonato Brasileiro. Logo após a partida que levou o clube de Conselheiro Rosa e Silva à terceira fase da Copa do Brasil, o técnico falou sobre seu comportamento nas partidas.
"O que acontece é que eu acredito muito no trabalho, então você trabalha, treina e, chega no jogo, a situação acontece e o cara não faz e erra na tomada de decisão, então, paciência tem limite, né?", comentou.
O treinador também apontou especificamente o problema apresentado pelo Náutico contra o Flu de Feira que mais o incomodou. "O que acontece, quando você está em um jogo decisivo e que você sai na frente, é que o contra ataque vai te fornecer (mais possibilidades) e a gente acabava devolvendo a bola para o adversário. Então, a gente precisa amadurecer um pouco isso aí, porque teremos outras decisões, muitas outras decisões, aliás, eu espero", finalizou.