Se existe um setor que pode ser considerado fundamental para a reação do Náutico na Série C esse é a defesa. Isso porque desde que o técnico Márcio Goiano assumiu o time, na sétima rodada da Série C, a equipe levou nove gols em 11 jogos, números que apenas o Operário-PR, líder do Grupo B, apresenta. No segundo turno vai além e tem o sistema defensivo menos vazado, com apenas cinco tomados nas oito partidas. Os números evidenciam melhora na defesa Timbu, depois dos 12 gols sofridos nos primeiros seis jogos.
“Quando temos grandes artilheiros, de uma certa forma, te dá a certeza de gols. Mas quando você não tem uma organização defensiva, te preocupa porque você vai atrás dos gols, mas também toma”, ressaltou Goiano, que deu nova cara à equipe. O sistema defensivo ficou eficiente e deu segurança para que os atacantes conseguissem fazer diferença nos jogos. “Sem tomar gols, ganha confiança”, completou
Segundo o treinador, o equilíbrio veio graças às peças que ele integrou na formação da equipe. “Josa não vinha jogando, e ele tem mostrado sua importância no desarme. Já com passes, Sueliton, Assis, Bryan, Camutanga. Jogadores que deram esse equilíbrio. Luiz e Jhonnatan, que são de armação e chegada na área e recomposição rápida”, exalta.
O técnico ainda ressaltou o desempenho dos atacantes no sistema defensivo, que se integram na primeira linha da marcação. “A parte defensiva não é só atrás. Cobramos muito nos treinamentos e, realmente, tem sido muito importante essa organização para nós”, pontuou.
Independentemente do resultado de amanhã, o Náutico irá decidir o acesso dentro de casa. Pelo retrospecto da equipe na Arena, o clima é positivo. Na temporada, o Timbu perdeu apenas um jogo dentro de casa, contra o Confiança, no primeiro turno da Série C. Na época, Roberto Fernandes era treinador da equipe, que estava na lanterna. “O primeiro jogo é muito importante, mas na verdade ele não é decisivo. O que se decide sempre é o segundo”, destacou Márcio Goiano.
Mesmo assim, caso passe para a semifinal, o Timbu pode decidir fora de casa, já que as pontuações do G-4 do Grupo B são maiores. O treinador do alvirrubro minimizou a dificuldade nessa situação, mais uma vez exaltando a qualidade do grupo que tem nas mãos.
“Independe se é o primeiro fora ou em casa. Temos que estar tranquilos, fazermos uma boa leitura do adversário, estudar bem o individual e estar bem preparados. Se fizermos um bom primeiro jogo, aí sim, o segundo será decisivo”, completa Goiano.