Duas semanas depois da desistência do México devido a problemas de orçamento, a Federação Internacional de Natação (Fina) anunciou nesta quarta-feira que o Mundial de 2017 será realizado em Budapeste, capital da Hungria.
"A Fina está feliz por anunciar que Budapeste sediará o 17º Mundial de Natação em julho de 2017, no lugar da cidade de Guadalajara", anunciou a entidade num comunicado, em que agradece o apoio do controverso primeiro ministro húngaro Viktor Orban.
Budapeste deveria, inicialmente, ter organizado o Mundial de 2021, por isso a Fina anunciou que vai abrir um novo procedimento de candidatura para aquela edição.
"Estamos muito felizes por termos sido acolhidos por Budapeste e temos certeza que as autoridades locais vão organizar uma grande competição. A Hungria é um país apaixonado pelo esporte, e principalmente pela natação", comemorou o presidente da Fina, Julio C. Maglione.
A húngara Katinka Hosszu, que ganhou o apelido de 'Dama de Ferro', é uma das principais nadadoras atuais, dona de três títulos mundiais em piscina longa e seis em piscina curta.
A desistência do México de organizar a competição, em 18 de fevereiro, deixou a Fina "surpresa".
O país já havia orçado 9,5 milhões dos 100 milhões de dólares necessários para a organização do Mundial. De acordo com o contrato assinado com a FINA em 2011, o governo terá que pagar uma multa de 5 milhões de dólares por desistir de sediar a competição.
Afetado pela drástica queda dos preços do petróleo, o governo mexicano anunciou no dia 30 de janeiro um corte de cerca de 8,2 bilhões de dólares nas dispensas públicas previstas para 2015, o que equivale a 0,7% do PIB.
Um dos principais projetos abandonados por contra da revisão do orçamento foi o primeiro trem-bal da América Latina, que deveria ligar a Cidade do México com Querétaro.