Blatter não apoia nenhum candidato à sua sucessão na Fifa

Presidente demissionário ainda revelou que teve conversas com quatro dos cinco candidatos
Da AFP
Publicado em 18/02/2016 às 23:00
Presidente demissionário ainda revelou que teve conversas com quatro dos cinco candidatos Foto: Foto: ANDREAS SOLARO / AFP


O presidente demissionário da Fifa, Joseph Blatter, deixou claro nesta quinta-feira (19) que não pretende apoiar nenhum candidato da eleição do dia 26 de fevereiro, na qual será escolhido seu sucessor no cargo mais alto do futebol mundial. "Não quero tomar partido, não é possível. Não é meu papel intervir neste caso", sentenciou o suíço em entrevista à rádio francesa RMC.

Blatter ainda revelou que teve conversas com quatro dos cinco candidatos, e que presidentes de federação entraram em contato com ele para perguntar em quem deveriam votar. "Eu disse a eles: 'podem votar em quem desejar, em quem parece ser o melhor para a Fifa, em plena conciência", relatou.  Blatter chegou a ser reeleito para um quinto mandato em maio do ano passado, mas colocou o cargo à disposição quatro dias depois, por conta do mega-escândalo de corrupção que abala o futebol mundial. 

Foram convocadas novas eleições, que acontecerão no dia 26 de fevereiro, e terão como favoritos o também suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa, o xeque Salman, do Bahrein, presidente da confederação Asiática. Também concorrem ao cargo o sul-africano Tokyo Sexwale, o francês Jérôme Champagne e o príncipe jordaniano Ali, que forçou o segundo turno contra Blatter no ano passado.

O suíço de 79 anos, que chegou à presidência em 1998, foi suspenso por oito de toda atividade ligada ao futebol em dezembro, por ter realizado e 2011 um pagamento suspeito de 1,8 milhões a Michel Platini, por um trabalho de consultoria encerrado em 2002.

Na terça-feira, ele foi ouvido pela câmara de apelação da comissão de ética da Fifa, que está julgando seu recurso. "Esta saída que estão preparando para mim, é uma grande tristeza", desabafo Blatter na entrevista à RMC.

"Trabalhei na Fifa durante 40 anos, desenvolvemos o futebol, que nunca foi tão bom quanto atualmente. Basta dar uma olhada para a Liga dos Campeões para ver a qualidade que atingimos", argumentou

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