Ao proibir a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de diversos países de maioria islâmica, o presidente norte-americano Donald Trump atingiu um dos maiores nomes do esporte na atualidade: o britânico Mo Farah. Dono de quatro medalhas de ouro olímpicas e dois recordes mundiais, ele nasceu na Somália, um dos países da lista de restrições de Trump.
O caso é simbólico porque Mo Farah mora há seis anos nos Estados Unidos, em Portland, onde tem sua base de treinamento. Ele está na Etiópia, fazendo treino em altitude e, pelo que determinou Trump com seu decreto, seria proibido de voltar para casa. Não poderá rever a esposa e os quatro filhos.
Além de ser campeão olímpico e melhor atleta europeu do ano passado, Mo Farah não é uma pessoa qualquer, não para a coroa britânica. No começo do ano, ele foi agraciado pela rainha Elizabeth II com o título de Sir, mais alta honraria da coroa. "Em 1º de janeiro, sua majestade a rainha me fez um cavaleiro do reino. Em 27 de janeiro, Donald Trump parece ter me tornado um alien", comentou Mo Farah ao jornal britânico The Guardian.