No dia 7 de fevereiro de 1988, todo bom rubro-negro elegeu o estádio Ademar da Costa Carvalho, a Ilha do Retiro, como destino obrigatório. A data marcou a final do conturbado Campeonato Brasileiro de 1987, entre Sport e Guarani. O pernambucano Geraldo Queirós, de 67 anos, e os filhos George, de 42, e Rodrigo, de 39, estiveram entre os 26.282 torcedores que lotaram o local para empurrar o Leão. Também acompanharam todas as brigas judiciais movidas pelo Flamengo depois que o clube da Praça da Bandeira derrotou o time de Campinas por 1x0 e levantou a famosa Taça das Bolinhas. Como testemunhas da maior conquista da história do Leão, eles fizeram o amor pelo Sport e o orgulho por 87 chegar à terceira geração da família. Apesar de terem nascidos após a final, Kauã Queirós, de 11 anos, e Guilherme Queiroz, de 21, são profundos conhecedores da história daquele Nacional.
“No dia de Sport x Guarani eu tinha pouco mais que a idade do meu filho hoje. Lembro de flashes. Recordo do caminho que fizemos até a Ilha, dos locais em que paramos, do estádio lotado, do momento do gol e da comemoração. A festa na sede depois também foi muito marcante. Então, mesmo aos 42, esses momentos se mantém vivos na minha mente”, contou George.
Diferente do irmão, Rodrigo não ficou com muitas lembranças daquele dia, mas se orgulha de ter participado de um momento tão importante para o clube do coração. Por isso mesmo, não esqueceu de cultivar no filho, Guilherme, o amor pelo vermelho e preto. Com o maior título do Sport completando 30 anos, as três gerações dos Queirós seguem com a certeza de que 87 sempre foi e sempre será do Leão.