Após tomar a decisão de protocolar na presidência executiva do Sport o documento com o pedido coletivo de mais de 500 sócios rubro-negros para a convocação de uma Assembleia Geral, a fim de discutir a gestão do presidente Arnaldo Barros, o presidente do Conselho Deliberativo do Leão, Homero Lacerda, provocou a insatisfação de muitos conselheiros do clube. Alguns deles, inclusive, afirmaram que o chefe do CD leonino passou por cima do órgão e que estudariam a possibilidade do impeachment de Lacerda.
A reportagem do Jornal do Commercio entrou em contato com o presidente do Conselho Deliberativo do Sport, que afirmou ter conhecimento do desejo de parte dos conselheiros do clube e que não colocaria nenhum empecilho em aprovar a discussão do seu caso em Assembleia no clube. "Eu acompanhei isso, que estão querendo tirar o presidente do conselho do cargo. Se chegar a mim esse pedido, eu acato na hora. A gente convoca uma Assembleia Geral para discutir as duas coisas: estudar o impedimento dos presidentes do executivo e do conselho", disparou Homero. "Eu respeito a Assembleia Geral, a diferença é essa. Não tenho nada a temer", falou.
Com relação as acusações de que ele teria passado por cima dos conselheiros, Homero argumentou embasado na avaliação do Estatuto do clube por juristas. "As pessoas divergem e têm opiniões diferentes, mas eu estou respaldado no parecer jurídico de dois advogados brilhantes, que me mostraram que o encaminhamento seria esse: as 500 assinaturas substituem a aprovação do Conselho. Isso é claro e evidente", comentou. "São duas alternativas, ou aprova a Assembleia Geral pelo Conselho ou pelas assinaturas. Isso não é uma opinião minha, mas de dois advogados que analisaram o Estatuto", frisou.