Quando a tribo Guaianás entrou no palco do polo Arsenal, no último domingo (25), no Recife Antigo, todos os olhares se voltaram para Carlindo Alves. Com 67 anos, demonstrou uma perfeita sintonia com a agremiação carnavalesca de Caboclinhos. A idade não pesou, assim como não incomodou o estandarte de 30 quilos que carregou durante toda a exibição da tribo. Há 47 anos brincando Carnaval, deu uma aula de animação para os foliões.
“Comecei a dançar em 1970. E o estandarte, desde então, só quem toma conta sou eu. Já se passaram 47 anos e nunca deixei de brincar. Já me chamaram até para Maracatu, mas o meu forte é o Caboclinho. Tenho orgulho de ser um dos representantes da cultura brasileira. Gostei bastante do encontro”, afirmou Carlindo.
E a animação do artesão atravessa as fronteiras até do Brasil. Antes do Carnaval, estava na exterior, onde moram as filhas Adriana Patrícia e Ana Paula. Agentes de turismo, mandaram o pai voltar para ele admirar o seu segundo grande amor: o Caboclinho.
“As duas moram na Espanha. Estava lá passeando até pouco tempo. Mas o Carnaval chegou e vim embora. Meu divertimento na vida é esse. De lá, elas recebem todas as filmagens. A Espanha está me vendo também”, brincou.