Em Palmas, cerca de 15 mil pessoas estiveram na manifestação pacífica que, a princípio, seria contra o monopólio do transporte coletivo na capital tocantinense. A Polícia Militar estimou em 10 mil. O único incidente ocorreu na frente do Palácio Araguaia, quando a maioria dos manifestantes já se dirigia à Avenida Theotônio Segurado. Um grupo retornou e, com estilingue, atirou uma pedra que estilhaçou um dos vidros da sede do governo estadual. Não houve confronto com os policiais militares que estavam no local.
O ato público começou na Praça dos Girassóis, onde fica o palácio, e seguiu pela Avenida JK, até a sede da Prefeitura. De lá, parte do grupo seguiu até a quadra onde moram o governador Siqueira Campos (PSDB) e o prefeito de Palmas, o colombiano naturalizado brasileiro Carlos Amastha (PP).
Além do fim do monopólio no transporte coletivo, os participantes pediram o fim da corrupção. "O povo acordou, o povo decidiu: para a roubalheira ou paramos o Brasil", fez parte das frases usadas pelos manifestantes que também cantaram, várias vezes, o Hino Nacional. Nos cartazes, desde protestos contra a PEC 37, que acaba com o poder de investigação do Ministério Público, até a valorização profissional dos jornalistas.
Repartições públicas federais, estaduais e municipais e as lojas da principal avenida da cidade, a JK, fecharam mais cedo, por recomendação do Ministério Público. Além da capital, ocorreram manifestações em Guaraí, Miranorte, Gurupi, Tocantinópolis, Lagoa da Confusão e Taguatinga, por melhorias nos serviços públicos. Nesta sexta-feira, 21, estão previstos atos públicos em Araguaína e Colinas.