Manifestação termina com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha em Brasília

Manifestantes já haviam tentato furar o bloqueio da PM em frente ao Congresso e alguns chegaram a atear fogo no Itamaraty
Do JC Online
Publicado em 21/06/2013 às 7:22
Manifestantes já haviam tentato furar o bloqueio da PM em frente ao Congresso e alguns chegaram a atear fogo no Itamaraty Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr


A manifestação na capital federal, que reuniu, segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, na área em frente ao Congresso Nacional, terminou por volta 23h30, com ação da (PM). Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram utilizadas para dispersar os manifestantes. A ação da polícia foi precedida por diversas tentativas de manifestantes de furar o bloqueio formado em frente ao Congresso.

Segundo o comando da PM, foram registradas 125 ocorrências. Dentre elas, cortes provenientes de pedradas, além de pequenos ferimentos. Nas tendas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), manifestantes foram atendidos com ferimentos graves provenientes de balas de borracha. Três pessoas foram presas e dez policiais ficaram feridos.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, elogiou a ação da polícia. “Eu acho que a polícia teve uma atuação excelente e que demonstra que está preparada para enfrentar esses eventos. A polícia do Distrito Federal tem sido um exemplo para o país”. Avelar, no entanto, negou o uso de balas de borracha durante a manifestação e considerou comedida a ação da polícia.

No começo da tarde, o centro de Brasília já dava sinais do clima da passeata, que vinha sendo organizada por redes sociais ao longo da semana. Famílias e muitos jovens caminhavam em direção ao Museu da República e pediam por um Brasil melhor. Com cartazes e palavras de ordem, as pessoas protestavam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 , que limita o poder de investigação do Ministério Público, contra a corrupção e pedindo a saída do deputado Pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Por volta das 17h, a multidão partiu para o Congresso Nacional. Até então, o clima era pacífico e celebrava a mobilização popular. Antes, reunida no gramado, parte dos manifestantes tentou alcançar o Palácio do Planalto, mas foi contida pela PM. A atmosfera tranquila, no entanto, acabou quando um grupo invadiu o Palácio do Itamaraty. Várias pessoas aplaudiram a ação da polícia, que expulsou os invasores.

Após a invasão, milhares de pessoas deixaram a manifestação. No entanto um pequeno grupo continuou tentando furar o bloqueio em frente ao Congresso. A polícia passou a responder com bombas de gás lacrimogêneo. Uma série de pessoas deixou a área em frente a sede do Legislativo federal e passou a cometer atos de vandalismo, depredando várias placas, paradas de ônibus e radares de trânsito.

Focos de incêndio podiam ser vistos ao longo do gramado. Mais cedo, um grupo havia ateado fogo em estruturas de lonas que estavam no gramado da Esplanada dos Ministérios. Uma parte dos manifestantes gritava "sem vandalismo" durante a ação. As estruturas foram montadas para abertura da Copa das Confederações, no último sábado (15), onde foram instalados telões para os torcedores acompanharem a estreia da seleção brasileira na competição. Um vitral da Catedral de Brasília foi quebrado na ação dos vândalos.

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