Após confirmar quarto volume morto, Alckmin fará obras para permitir uso de água

Alckmin voltou a dizer que a adoção do racionamento será uma decisão técnica
Da ABr
Publicado em 12/02/2015 às 16:31
Alckmin voltou a dizer que a adoção do racionamento será uma decisão técnica Foto: Foto: Tamires Santos/ A2AD


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje (12) que fará obras que possibilitem o acesso à água do quarto volume morto do Sistema Cantareira, embora não pretenda usá-la momentaneamente. “Desses 40 milhões [de metros cúbicos (m3) disponíveis], cerca de metade praticamente não precisa de obra nenhuma, é possível retirar. A outra metade, [precisa de] pequenas obras de engenharia”, explicou, após evento de divulgação da operação do governo para o carnaval deste ano.

Ele destacou que o esforço é para que não seja necessário usar nem mesmo o terceiro volume morto, que também dispõe de cerca de 40 milhões de m3. A quarta cota da reserva técnica foi confirmada pelo governo estadual nesta semana. De acordo com Alckmin, trata-se de uma reserva na Represa de Cachoeira, em Piracaia.

Outra medida anunciada foi a limpeza do Rio Pinheiros para abastecer a Represa Billings. “Sempre defendi esse trabalho, porque é um círculo virtuoso. Você limpa o rio, coloca água na Billings, uma parte dessa água vai para o Guarapiranga, portanto para abastecimento humano e a outra parte vai para Henry Borden, gerar energia elétrica”, destacou. Sem dar detalhes, Alckmin informou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) retomará esse trabalho.

Alckmin voltou a dizer que a adoção do racionamento será uma decisão técnica. Ele lembrou que o governo está adotando medidas para minimizar os danos à população e comemorou o fato de que o nível das represas subiu nos últimos dias. “A gestão da demanda está nos possibilitando um ganho. Ontem [11] foi retirado 15,7 m3/segundo do Cantareira e entrou 50,2 m3/s. Entrou três vezes mais do que nós tiramos. Vamos levantar as represas o máximo que pudermos. É uma administração rigorosa”, declarou.

O governador não apontou um percentual crítico do Cantareira que indicaria a necessidade de racionamento, mas informou que uma situação extrema seria uma afluência de apenas 8m3/s. Ele explicou que o objetivo é retirar a diferença que está faltando de outras represas. Nesse sentido, estão sendo feitas obras para retirada de 1m3/s do Rio Guaió, 4m3/s do Rio Grande e também um volume do Guarapiranga.

“Se chegarmos aos 6m3/s, não vamos depender de chuva. Aquilo que entrar, você complementa. O problema é só no Cantareira, os outros [sistemas] estão mais cheios. Mas isso depende das obras ficarem prontas, de não termos nenhum problema interveniente. Depende de uma série de fatores”, ponderou.

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