O caminhoneiro Cléber Adriano Machado Ouriques, de 38 anos, morreu na manhã deste sábado (28) depois de ser atropelado durante protesto na BR-392, em São Sepé, município da região central do Rio Grande do Sul. Ele participava de uma manifestação contra o aumento do óleo diesel e falta de valor mínimo de frete que fechava a rodovia. Ouriques foi atingido por um caminhão que furou o bloqueio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista não parou e fugiu sem prestar socorro à vítima.
A Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou nota em que lamentou o ocorrido. “Ao mesmo tempo em que se solidariza com familiares e amigos, o governo federal reforça o compromisso e a disposição para que a normalidade volte às rodovias brasileiras”, diz a nota.
A secretaria também ressalta que as propostas anunciadas esta semana após a reunião, em Brasília, entre representantes dos caminhoneiros, empresários e governo em Brasília são o caminho para a normalização das rodovias. No encontro, o governo prometeu sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se manifestou sobre a morte. Em nota, a entidade se solidarizou com o sofrimento da família do caminhoneiro e ressaltou que “compartilha o sentimento de comoção que toma conta dos brasileiros neste momento crítico”.
Segundo levantamento da PRF, até as 7h deste sábado, havia 30 pontos de bloqueio em 17 estradas federais.