Sindicato ameaça greve contra demissões na Sabesp

Demissões teriam atingido principalmente a área operacional da empres
Da Folhapress
Publicado em 06/03/2015 às 11:26
Demissões teriam atingido principalmente a área operacional da empres Foto: Foto: Divulgação/Sabesp


O Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) convocou assembleia para a próxima terça-feira (10) com o objetivo de discutir se decreta greve contra as demissões que a Sabesp vem realizando.

De acordo com o sindicato, a Sabesp está demitindo funcionários além do previsto. Segundo Renê dos Santos, presidente do sindicato, desde janeiro deste ano houve cerca de 320 demissões. O sindicato diz esperar ainda mais demissões até abril. A categoria estima que vão ocorrer mais 160 demissões neste mês.

As demissões teriam atingido principalmente a área operacional da empresa, de acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira (6) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". A Sabesp não divulgou o balanço de demissões neste ano.

O sindicato já trata o caso como "onda de demissão", que estaria atingindo tanto trabalhadores da Grande São Paulo como do interior. Segundo o sindicato, o objetivo da Sabesp é reduzir a folha de pagamento em 9%, por causa da atual crise de abastecimento que afetou também os cofres da estatal.

"Nesse momento de crise, não poderia ter demissões. O que nós teríamos que ter é gente trabalhando para melhorar a situação da água em São Paulo", disse Santos.

Ainda segundo o sindicato, não estão sendo feitas novas contratações para repor os funcionários demitidos. "Quem fica agora tem que trabalhar por si e por quem foi demitido", disse. Procurada, a Sabesp ainda não se manifestou sobre a possibilidade de uma greve.

CRISE

A Folha de S.Paulo mostrou que, em crise, a Sabesp estuda propor uma revisão tarifária extraordinária além do reajuste pela inflação previsto para abril, a fim de tentar mitigar a forte deterioração de sua situação financeira.

A revisão extraordinária teria de ser aprovada pela Arsesp, autoridade regulatória do setor. O principal argumento para o reajuste acima do previsto é o aumento do custo de energia elétrica que não estava previsto no plano de negócios da empresa, aprovado em 2014.

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